Mas afinal, por que com tanta tecnologia, as aeronaves não conseguem pousar sob uma neblina?
Na realidade, elas possuem tecnologia além do que nós imaginamos podendo até se guiar em solo, do pouso até a parada total, sem o auxilio da tripulação! Mas para isso, são necessários outros equipamentos que atuam em conjunto com a aeronave, que são instalados e mantidos pelo aeroporto; mas, como estamos no Brasil, infelizmente não temos um governo que investe nos nossos aeroportos.
Vamos conhecer agora, um pouco sobre o sistema.
ILS - Instrument Landing System é um sistema de aproximação por instrumentos, ou seja, um sistema que fornece todos os dados necessários para manter a aeronave nas condições ideais para executar um pouso preciso e com segurança.
Basicamente, o sistema ILS é formado por vários antenas e torres de transmisão:
Outer Marker, Middle Marker, Inner Marker, Glide Slope e Localizer. ( Na aeronave, a localização das antenas pode variar, dependendo do modelo da aeronave).
Marker Antenna
É a antena que vai indicar a distância entre a aeronave e a cabeceira de pouso. São 3 antenas (torres) alinhadas com a cabeceira, a Outer Marker (Fica aproximadamente a 7200m de distância da cabeceira), a Middle Marker (Fica aproximadamente a 1050m de distância da cabeceira) e a Inner Marker ( que fica aproximadamente a 300m de distância da cabeceira). Quando a aeronave passa por cada uma dessa antenas, é emitido ao comandante um sinal visual e um sonoro, indicando a distância entre a aeronave e a cabeceira da pista.
Glide Slope
A torre Glide Slope fica localizada entre 750 e 1250ft da cabeceira da pista, Esse sistema serve para indicar o ângulo de planeio (rampa de descida) ideal para o pouso. O ângulo pode variar de aeroporto para aeroporto, dependendo do comprimento da pista, obstáculos ao redor do aeroporto ou tipo de operação do aeroporto.
Localizer
As antenas Localizer ficam localizadas na cabeceira oposta ao pouso, e sua finalidade é fornecer o alinhamento do eixo central da pista.Tem um alcance de 18 milhas e uma cobertura de aproximada de 35º para cada lado do eixo.
Com esse conjunto de sistemas, já podemos visualizar com mais clareza, como funciona um pouso por ILS; Indicação de distância até a cabeceira (MARKER), rampa de descida (Glide Slope) e Alinhamento do eixo central da pista (Localizer):
Sabendo isso, se a aeronave tem todas os sistemas necessários para pousar por instrumentos, o que está faltando?
Bem, o ILS é dividido em 3 categorias: CAT I, CAT II e CAT III. Cada uma dessas categorias, indica o quanto de visão o comandante tem que ter à sua frente, em uma aproximação sob neblina.
Vejamos abaixo, quais as condições exigidas de cada categoria:
CAT I - É uma aproximação que exige uma visibilidade não menor que 800m ou contato visual com a pista não menor que 550m.
CAT II - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 60 m (200 pés) mas não menor que 30 m (100 pés), e contato visual com a pista não menor que 350 m.
CAT IIIA - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 30 m (100 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista não menor que 200 m.
CAT IIIB - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 15 m (50 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista menor que 200 m mas não menor que 50 m.
CAT IIIC - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 15 m (50 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista menor que 200 m mas não menor que 50 m, RESUMINDO, visão ZERO da pista.
Os aeroportos do Brasil, só são homologados para operarem CAT I e CAT II, devido a infraestrutura (Falta de treinamento dos funcionários do aeroporto, falta de iluminação adequada e conforme a exigências das autoridades aeronáuticas).E enquanto isso, temos que conviver com atrasos e cancelamentos em dias de neblina.
E essa é uma das tecnologias aplicadas nas aeronaves que sobrevoam os nossos céus. Mais uma prova da segurança desses equipamentos, que transportam milhões de pessoas todos os dias.
Até a próxima.......
Vejamos abaixo, quais as condições exigidas de cada categoria:
CAT I - É uma aproximação que exige uma visibilidade não menor que 800m ou contato visual com a pista não menor que 550m.
CAT II - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 60 m (200 pés) mas não menor que 30 m (100 pés), e contato visual com a pista não menor que 350 m.
CAT IIIA - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 30 m (100 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista não menor que 200 m.
CAT IIIB - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 15 m (50 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista menor que 200 m mas não menor que 50 m.
CAT IIIC - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de decisão menor que 15 m (50 pés), ou nenhuma altura de decisão e contato visual com a pista menor que 200 m mas não menor que 50 m, RESUMINDO, visão ZERO da pista.
Os aeroportos do Brasil, só são homologados para operarem CAT I e CAT II, devido a infraestrutura (Falta de treinamento dos funcionários do aeroporto, falta de iluminação adequada e conforme a exigências das autoridades aeronáuticas).E enquanto isso, temos que conviver com atrasos e cancelamentos em dias de neblina.
E essa é uma das tecnologias aplicadas nas aeronaves que sobrevoam os nossos céus. Mais uma prova da segurança desses equipamentos, que transportam milhões de pessoas todos os dias.
Até a próxima.......
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